DxO One quer substituir a câmera do seu iPhone

Câmeras que usam smartphones como viewfinders não são nenhuma novidade. Só a Sony tem tem três modelos diferentes. Mas, por uma série de motivos, até agora ninguém tinha feito uma máquina desse tipo com uma conexão física. Essa é justamente a novidade do DxO One.


Criado pelo DoX Labs (mais conhecida pelo site de avaliação de sensores e lentes DxO Mark), a DxO One é basicamente uma câmera sem tela. Em disso, ele se gruda em um iPhone como um parasita, usando a tela do celular como interface e viewfinder. Mas a relação é mutualística. Equipado com um sensor CMOS de 1″ (provavelmente o mesmo encontrado na Sony RX100) e uma objetiva 32 mm f/1,8, ele é capaz de capturar imagens com muito mais qualidade que qualquer celular.


dxo one


O Fato de que estou me referindo especificamente ao iPhone revela porque até agora esse gênero de câmera tinha sempre usado Wi-Fi para se conectar ao smartphone: ao utilizar um cabo Lighting, o DxO One restringe a sua compatibilidade a apenas alguns modelos do iPhone. Por outro lado, essa solução elimina o tremendo problema de latência que infesta as câmeras QX.


A banda de dados mais ampla do Lighting também permite a gravação e envio de imagens em RAW (arquivos que contém a informação captada pelo sensor em um estado quase puro). Nesse ponto, o envolvimento do DoX Labs é particularmente benéfico. O foco da empresa em sistemas de processamento de imagem se converteu em um recurso da DxO chamado “SuperRAW”. Basicamente, a câmera captura 4 frames RAW em rápida sucessão e dois esse grupo de imagens pode ser processado usando algoritmos espaciais e temporais de redução de ruído. Em outras palavras, a DxO deve ser particularmente boa para fotografar em ambientes com pouca luz.


Outro ponto que envolveu as especialidades do DxO Labs foi a construção da lente. Aqui, a DxO One mais uma vez sacrifica flexibilidade para ganhar mais qualidade de imagem. A objetiva não tem zoom, o que a torna menor e mais leve, além de abrir espaço para um controle maior sobre a abertura (que varia de f/1,8 a f/11). Na verdade, os engenheiros do DxO Labs foram ainda mais longe e dispensaram o design retrofocal típico de lentes de DSLR para encurtar ainda mais a distância entre o sensor e a objetiva. A solução encontrada por eles deixa o último dos seis elementos ópticos quase colado no sensor. normalmente esse design corre o risco de introduzir aberrações cromáticas nas fotos, mas aparentemente a DxO Lab conseguiu resolver esse problema com processamento de imagem.


A DxO One também grava vídeo em 1080p a 30 FPS e em 720p a 120 FPS. Ela já está em pré-venda por 599 dólares.

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