Retro VGS é um console de cartucho para games atuais

Shovel Knight não está funcionando? Tire o cartucho e sopre os contatos.” Essa fala pode parecer absurda hoje em dia, quando todos os jogos ou estão gravados em algum disco ou em algum servidor online, mas o Retro VGS pretende mudar isso. Proposto por Mike Kennedy, fundador do site de leilão de games clássicos GameGavel, a máquina seria um console de cartucho para games modernos.


A princípio, a ideia pode soar como nostalgia sem sentido, mas voltar para o velho sistema de memória sólida tem suas vantagens. Além da velocidade de carregamento de texturas, por exemplo, ela é uma mídia bem mais longeva. Como o próprio Kennedy lembra, você pode comprar um cartucho de Atari ainda hoje e ele funcionará perfeitamente desde que tenha sido bem conservado. O mesmo não pode ser dito sobre consoles e mídias mais recentes. Discos se deterioram, servidores fecham, mas um cartucho ROM por durar décadas sem problemas.


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Naturalmente, Kennedy pretende usar formas mais recentes de memória não-volátil. Durante uma entrevista ao VentureBeat, o idealizador do Retro VGS sugeriu que seu time utilizaria memória flash RAM nos cartuchos e se concentraria na longevidade dos mesmos. O console também suportará controles USB genéricos e controles de 9 pinos como os do Atari 2600 e do Mega Drive.


O maior desafio certamente será o processo de manufatura por motivos óbvios: fábricas de cartuchos e de consoles que lêem cartuchos não são algo comum hoje em dia. Mas Kennedy teve a sorte de encontrar algumas ferramentas industriais da época do Atari Jaguar, o que lhe  salvou muito dinheiro e tempo de desenvolvimento (não é por acaso que o console da foto acima parece um Jaguar).


Como a proposta do Retro VGS não é competir com o Playstation 4, por enquanto o plano inicial é que o poder do hardware fique limitado ao de jogos com a estética da era 16 bits. No entanto, isso ainda está sob discussão e é possível que ele se torne um pouco mais forte em troca de um preço final um pouco mais elevado.


Convencer desenvolvedores a apoiar a ideia também pode ser difícil, mas Kennedy já está em contato com companhias como a Yatch Games e outros indies para tornar isso uma realidade.


Via VentureBeat

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