D-Link lançará roteador com cara de drone no Brasil

Fizemos um hands-on com um novo modelo de roteador da D-Link, o AC3200 Ultra, que vem com nada menos do que seis antenas em um visual agressivo, que complementa qualquer ambiente que tenha uma estética “gamer”.


O AC3200 é grande, medindo 36,7 x 24,7 x 12 cm, sem contar a altura ou largura ocupada por suas seis antenas. A carcaça vermelha e angulada não passa despercebida, algo incomum entre roteadores, que costumam ser discretos e dificilmente ficam em pontos de destaque pela casa. Dependendo de seu senso estético, talvez este roteador seja um caso à parte.


AC3200 foto


Quanto às especificações, o roteador conta com o padrão 802.11ac e todos os anteriores (a/g/n) e promete velocidade total de transferência de até 3,2Gbps, ou 400 MBps. Isso se refere à soma de todas as suas bandas na configuração tri-band, somando uma banda de 2,4 GHz a mais duas de 5GHz. Não é possível, no entanto, nenhuma conexão de velocidade maior do que 1,3Gbps em uma mesma banda de frequência, mas somando-se todas as frequências é possível um total de 3,2Gbps. A velocidade nominal é superior ao padrão Gigabit, comumente utilizado em placas de rede ethernet com fio, embora seja difícil atingir esse resultado em uma situação real, já que a eficiência das redes wi-fi cai rapidamente com a distância entre o dispositivo e o roteador.

A configuração do roteador é bastante fácil, com um “wizard” aparecendo logo na primeira vez em que ele é acessado (pelo padronizado endereço 192.168.0.1), permitindo que mesmo o usuário mais leigo simplesmente preencha algumas informações e tenha o roteador funcionando em minutos. Após a primeira configuração, o menu é bastante simples, com gráficos mostrando todas as conexões e, caso aplicável, onde se encontram os problemas de conexão. Também existe na tela um ícone de “clientes conectados: X” onde X é o número de dispositivos conectados à rede, incluindo impressoras, smartphones, tablets e computadores. Ao clicar este ícone, os dispositivos são mostrados, com IP, tipo de conexão (com/sem fio) e a opção de modificar o nome por que são chamados (já que no caso de smartphones, o nome pode ser bastante esquisito).


 screen dlink


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Apesar de uma interface simples, quase todas as páginas de configurações possuem um pequeno link para “configurações avançadas”, para que usuários mais experientes possam lidar com limitações de velocidade, servidores de DNS, DHCP, entre outras coisas. É apenas um clique a mais para encontrar e facilita o aprendizado de quem ainda não tem intimidade com gerenciamento da própria rede.

Entre as funções extras que o roteador traz, estão um servidor de DLNA simples, que permite ligar armazenamento móvel em suas duas portas USB, sendo que uma é 3.0 e a outra do padrão mais antigo, 2.0. Também há opções para firewall e estatísticas de utilização da rede em tempo real, sendo que esta última opção é bastante simples e não será suficiente para administradores mais avançados, que preferirão utilizar um software específico para isso.

Uma nota interessante é a existência de um método gráfico de “clicar e arrastar” para priorização de serviço da rede. Uma tela mostra todos os dispositivos conectados e grupos de prioridades onde podem ser encaixados. Isso é útil tanto em redes maiores quanto em situações residenciais, onde pode-se priorizar o acesso a smart TVs ou set top boxes, que precisam de conexões estáveis para streaming ininterrupto, enquanto desktops e laptops, que fazem downloads para consumo posterior, teriam menos prioridade de uso da rede.
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Apesar da interface simples e de o fato de as seis antenas prometerem uma área de cobertura bastante grande, o software ainda precisa de alguns ajustes. Notamos alguns bugs enquanto tentávamos configurar nosso servidor de DNS, já que a página de configuração não aceitava o endereço 8.8.8.8, que é perfeitamente válido, além de ter sido necessário atualizar a página para conseguir que aceitasse outra configuração correta. Durante a parte de priorização de serviço, que resultou na bizarra mensagem de erro “o roteador não pode ser encontrado”. Tudo se resolve com uma atualização da página, mas é importante notar pequenos bugs. Recebemos uma versão com firmware beta, então não podemos fazer duras críticas a um produto que sofrerá mudanças antes de ser vendido ao público consumidor. Naturalmente, o preço também ainda não está definido.

Por enquanto é só, mas fique ligado pois na semana que vem mostraremos testes de velocidade e uma possível atualização de firmware em um review completo do enorme AC3200 tanto em benchmarks sintéticos como em situações reais, para saber como se comporta durante uso contínuo.

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